A arqueira já se foi. Junta de um corpo, um elmo e uma dor no peito. Ashe nunca fora de se relacionar com nenhum homem, e quando conseguiu os Deuses não quiseram. Em sua cabeça, a jovem remoe as cenas, pensando se poderia ter feito algo melhor, ter ajudado mais, ter sido ela e não eles.F
Até mesmo o cocheiro resmungão se encontra de luto, e pequenos soluços ardidos lhe atacam de vez em quando.
O dia está nublado, escuro como se até o dia estivesse enlutado. A ventania do deserto estava baixa, parecendo até estar com dó da arqueira. A única coisa que não parece melhor é a realidade de Ashe. De minuto em minuto a arqueira olha ou para o elmo, ou para Tryndamere, que não da sinal nem de ter vontade de respirar.
Cada segundo da viagem parece minutos, e cada minuto, horas. O cheiro de morte prevalece no ambiente, e a forma do ódio prevalece nos olhos da arqueira. Porém, ao mesmo tempo em que se pode ver ódio, pode-se ver remorso. Ashe não consegue parar de pensar em antes de saírem, em como ela poderia ter impedido a expedição.
Pensamentos que são em vão, e só servem para ajudá-la a desperdiçar tempo enquanto não chega ao Conselho. Depois de uma ou duas horas de reflexão, a arqueira se vê exausta, e deita-se tentando dormir.
Ashe então acorda assustada, com o cocheiro cutucando-a e dizendo com palavras calmas para não irritá-la: “Vamos? Já chegamos!”. A arqueira coça os olhos que se irritam com a luz do salão. Uma maca leva Tryndamere ao hospital no mesmo instante.
As portas do hall são escancaradas com força, e de traz dela aproximam-se um homem de quase dois metros de altura e uma mulher de um e sessenta. O rapaz traja uma imensa armadura azul, amarela e branca, que são sustentadas por largos ombros. A garota possui olhos claros e cabelos loiros. Usa uma armadura que parece atrair a luz das lâmpadas.
O homem exclama em alto e bom som: “Soldado de Frente de Elite Demaciana Garen, se apresentando senhor!”. E logo em seguida a garota estufa o peito, como quem quisesse parecer maior: “Soldada Tática de Elite Demaciana Lux, se apresentando senhor!”.

Garen esmurra a mesa com fúria, despencado-a no colo do general: “Meça bem suas próximas palavras general, elas podem ser suas últimas! Dê-nos o elmo, que já enrolamos demais com essa corja mercenária de Noxus!”. Do Couteau morde a língua, e estende a mão com o capacete na direção do guerreiro. Garen arranca o elmo da mão do general e cospe na mesa. Sai murmurando para a garota: “Espero que minha próxima visita aqui seja empunhando uma espada!”. A porta do hall é fechada com violência, e a única coisa que prevalece é o silêncio.
Ashe se encontrava dormindo, e acorda encharcada de suor frio. A arqueira se levanta com olhos de preocupação e um aperto no peito. Dispara com velocidade até a enfermaria, como se algo ruim estivesse para acontecer. Ashe nem sequer da satisfação de onde vai para os médicos ou enfermeiros. Escancara a porta onde Tryndamere estava em repouso, e como esperava, encontra a sala vazia. Pode-se ver que a janela está aberta, e com leves manchas de sangue. Rapidamente a arqueira lança seu pássaro de gelo no horizonte, para iluminar o que o sol não conseguia mostrar. Ao se quebrar, o pássaro revela um vulto cambaleando em direção às sombras. A arqueira sussurra inconformada: “Zaun!”. Talvez o desespero e a dor tenham guiado o bárbaro à loucura, ou apenas estivesse tentando se matar. Ashe grita em desespero, com esperança de que o bárbaro desistisse: “Tryndamere!”. Seu grito ecoa pelo Conselho inteiro, e até as árvores no horizonte sentem seu desapontamento. Somente o bárbaro permanece frio e inabalado.
Ashe corre para dentro, e se adianta para recolher seus pertences. Logo em seguida direciona-se à saída. Kassadin aparece repentinamente e exclama: “Aonde vai?”. Ashe retruca rápido, enquanto abre a porta: “Vou salvar uma alma vingativa!”. As palavras parecem ter alcançado a parte mais obscura da memória de Kassadin, que arregala os olhos desesperado, como se soubesse do que Ashe estava falando.
No horizonte ainda se pode ver uma carruagem imperial caminhar, mas algo nela estava diferente. Em vez de uma grandiosa bandeira com o símbolo de Demácia, está erguido um pequeno pedaço de pano preto, homenageando o exemplar.
A noite se fecha em silêncio, como se até os deuses estivessem de luto, talvez arrependidos do destino que traçaram. Um dia que só restou uma lápide vazia e um coração congelado.
Codinome Losa ( Wallace Losa), Colunista e escritor de fanfics.
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