20 de mar. de 2012

The Book of Lost Tales [002] - The Mr.Time




Milhares de anos após o último acontecimento que citei, mudo meu foco então para Runeterra, outra dimensão. Porém, estamos nas mesmas coordenadas.
De volta ao deserto, pode-se ver de longe, um corpo rastejando pela vida em um turbante roxo. O rapaz ali abandonado é denominado por uns como impuro, e por outros como sagrado. Nesse exato momento, ele procura água, pois peregrina no deserto por cerca de quinze dias.
Ao perguntarem a ele para onde vai, a única palavra que ele diz é: “Voz”, sem nem sequer piscar ou olhar para os lados. O problema de ser um profeta como ele, é que ele pode ver o futuro e receber mensagens dos Deuses. Porém, as vidências não podem estar relacionadas diretamente a ele. Ou seja, ele pode saber quando você vai morrer, mas não tem idéia nem se vai almoçar no dia seguinte.
Um grupo de nômades a camelo passam por nosso herói, e perguntam-lhe para onde vai, depois de lhe servir uma garrafa d’água. O profeta com fraqueza abre os olhos e com um suspiro consegue dizer: “Icathia!”.
As pessoas em volta, ao ver seus olhos, afirmam com olhos arregalados: “O profeta Malzahar! Ajudem-no!”. Malzahar se demonstra feliz enquanto fecha os olhos para agradecer os Deuses.
Após três dias de viagem a camelo, Malzahar é encontrado acordado no meio da madrugada. Seu olhar é fixo e sua respiração tensa. Seus olhos brilham como se não fosse ele quem estivesse assistindo a cena, e sim os Deuses.
Malzahar murmura com a voz de muitos: “Icathia!”
Um grande meteoro rompe os céus em chamas e, transformando a paisagem, aterrissa. Como o profeta havia dito: Icathia.
No exato momento em que o meteoro atinge o continente, o Instituto da Guerra já fica informado. Um dos exploradores logo se adianta parar procurar por algo que lhe possa ser interessante. Forma as pressas então uma caravana e parte em direção à Icathia.
No outro lado, Malzahar se adianta e caminha dois dias sem sequer descansar ou alimentar-se. Ao chegar aos arredores de Icathia, percebe que não há habitantes, sendo que se podem ver diversas vilas nas proximidades. O único vestígio que o profeta encontra é um pouco de sangue seco no chão.
Em seguida, pode-se ouvir um barulho vindo da mata. Malzahar se posiciona pronto para lutar, mesmo fraco e faminto. Após alguns segundos de espera, uma caravana sai do mato e freia. Nosso explorador então desce rapidamente de dentro e se apresenta a Malzahar: “Prazer, meu nome é Kassadin, vim do Norte. Você tem alguma idéia do que aconteceu aqui?”
Malzahar olha espantado e responde: “Eu. Eu não tenho idéia...”
Kassadin ao perceber que o rapaz mal consegue se manter em suas pernas oferece comida e abrigo para a noite. Após algumas perguntas casuais Kassadin pergunta: “Você também está indo para Icathia?”. Malzahar afirma com a cabeça enquanto se alimenta.
Na manhã Seguinte a caravana segue até Icathia, onde encontram cidades em ruínas e uma paisagem disforme, parecendo que havia sido derretida. Tudo em volta parece ter sido banhado por ácido, e o local tem cheiro de morte. E a cada metro que se adentrava em Icathia, se via cada vez mais destruição.
A caravana de Kassadin acaba tendo que parar, descendo então somente os dois, deixando a caravana em espera.
Malzahar olha ao horizonte e seus olhos refletem o brilho do que vê. Aponta então para o local de forma que Kassadin pudesse perceber o mesmo que ele. Um obelisco de forma e cores inumanas pode ser visto a alguns metros de lá.
Ambos se direcionam ao local, e concluem que era aquilo que havia “aterrissado” em Icathia. Parecia um templo de alguma era avançada, ou algo do gênero.
Malzahar percebe então uma espécie de porta, e se direciona a ela. Ao encostar-se ao metal da porta, a mesma se abre, e uma imensa força puxa tudo em volta, menos o profeta.
O profeta se mantém firme, observando a fenda com os olhos ofuscantes. Kassadin pelo contrario, é imediatamente puxado para dentro da fenda. Ao passar pela porta, se agarra no batente e grita por ajuda: “Malzahar! Faça isso parar ou toda a dimensão será sugada!”
Os olhos do profeta nem piscam ou perdem o foco, e Kassadin é puxado para dentro. Após alguns segundos parado, Malzahar perde o brilho dos olhos e uma grande força sai de dentro da porta expelindo tudo. Kassadin é arremessado para fora da fenda, junto com tudo o que havia sido absorvido. Uma lasca de algo que pertencia à outra dimensão se encontra fincado no braço direito do explorador, mas ele tem outras preocupações no momento para se importar.
Malzahar se ajoelha e seus olhos e boca emitem uma forte luz aos céus, cortando as nuvens e seguindo infinitamente. Malzahar profetiza com a voz de cinco mil homens:
“Tudo nestas terras irá mudar,
Runeterra então sucumbirá!
De sangue azul, três devem se juntar,
e sem medo, as trevas enfrentar!
Nas trevas que combaterá, um se perderá.
Outro, seu sangue honrará!”
E então, o profeta simplesmente desmaia.
Kassadin se levanta mal conseguindo se equilibrar, e percebe que sua pele está escura, e seus olhos secos. Não consegue manter a respiração direito e sente um vazio dentro de si. Mesmo nestas condições, Kassadin pega o corpo de Malzahar e leva à caravana enquanto ordena os soldados que lhe estranham para que voltassem ao Instituto de Guerra.
Após alguns dias de febre e dores de cabeça, Kassadin chega finalmente. Malzahar ainda não havia acordado, e foi levado para um cômodo, enquanto levavam Kassadin para a emergência.
Kassadin chega ofegante até a mesa, e um pequeno ser com nem um metro de altura ajeita o óculos enquanto afirma excitado: “Eureca! Muito obrigado Kassadin, por me ajudar a entender como o funciona o vácuo. E, sinto muito por você ter descoberto de uma forma um tanto quanto dolorosa...”.
Kassadin solta um sorriso suado e com o pouco de ar que ainda tem, e diz: “Ok, Heimerdinger, agora faça-me o favor de ajudar...”
Heimerdinger sorri de forma calorosa: “Não se preocupe caro amigo, a solução para o seu problema é simples. É só eu dividir o vácuo que está dentro de você para alguma outra parte de seu corpo., de forma que você não perca isso. Pois o vácuo se tornou seu oxigênio”.
Kassadin olha impressionado com duas coisas. Impressionado com duas coisas: Seu colega ter tamanha velocidade de raciocínio. E ter descoberto algo incrível.
Heimerdinger fuça de um lado e aperta de outro até que Heimer entrega uma máscara de “ar” um tanto quanto estranha para seu companheiro. Nos primeiros segundos Kassadin demonstra estar completamente sem ar, mas depois se acalma.
Heimer arruma os óculos com orgulho e olha dentro da máscara. Com um tom de piada diz: “Eu vejo seus olhos, o vácuo dividiu!”












Codinome Losa ( Wallace Losa), Colunista e escritor de fanfics. 

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